“Há 20 dias, em um domingo de sol, os moradores tiveram um susto horrível porque escutaram uma barulheira vinda da montanha, de onde estavam descendo pedras e paus. Isso em um dia de sol quente, sem chuva. É um risco constante. Temos escolas fechadas. Há um estudo de um parque fluvial, mas os moradores não sabem de nada. Eles precisam saber o que vai acontecer”, cobrou Rogério Cabral em vistoria aos bairros de Córrego D'Antas e Duas Pedras, como membro da CPI da Alerj que investiga causas e responsáveis pela tragédia ocorrida na região serrana do estado, nesta segunda feira, 18/04.
Logo após as vistorias nos bairros de Duas Pedras e Córrego Dantas, os deputados estiveram na Câmara de Vereadores de Nova Friburgo, em Audiência Pública requerida pelas associações de moradores ao Deputado Rogério Cabral e presidida pelo Deputado Luiz Paulo, onde ouviram, entre outras pessoas, a vice-presidente da Associação de Moradores de Duas Pedras, Natalia Cristina da Silva, que deu mais detalhes sobre os problemas do bairro. “O principal problema é que a galeria foi totalmente destruída pela chuva. Nós recebemos água de três lugares diferentes, que desembocam em uma só galeria. Com a destruição dessa galeria as águas passaram por dentro do bairro. Precisamos de urgência na reconstrução dessa galeria”, contou Natalia.
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputado Luiz Paulo (PSDB), anunciou que fará uma denúncia junto ao Ministério Público Estadual contra a Concessionária Águas de Nova Friburgo, responsável pelo abastecimento do município. Segundo o parlamentar, que esteve nesta segunda-feira (18/04) no bairro de Duas Pedras, na cidade, o rompimento de uma adutora aumentou muito a dimensão da tragédia na localidade. “Vejo, aqui, uma responsabilidade civil clara. Existe a necessidade de fazer uma denúncia formal ao MP para que seja aberto um Inquérito Civil Público que apure a responsabilidade da concessionária pelo rompimento dessas adutoras. É claro que não foi só o rompimento das adutoras, mas se as adutoras não tivessem rompido o acidente seguramente teria sido muito menor”, analisou Luiz Paulo.
Comunicação Social - Alerj -
baseado em texto de Raoni Alves
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