terça-feira, 28 de abril de 2009

CONGRESSO RIO ECO RURAL - SUCESSO ABSOLUTO!!!!!


O I Congresso Rio Eco Rural marcou o setor agrícola do estado com a garantia de novos investimentos que poderão ser realizados a partir da união entre os governos federal, estadual e municipais e as associações de produtores rurais e cooperativas. Esta foi a expectativa demonstrada pelo presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Políticas Agrária, Rural e Pesqueira da Assembleia Legislativa do Rio, deputado Rogério Cabral (PSB), durante a abertura do evento, quinta-feira (16/04), na Queijaria Escola de Nova Friburgo, na Região Serrana do estado. “Acredito que a agricultura fluminense terá dois momentos: o pré e o pós Rio Eco Rural. Aqui nós demonstraremos o quanto é possível o setor se fortalecer, através da união de todos os órgãos responsáveis. Este congresso é o resultado de um trabalho intenso que temos realizado, com diversas reuniões e audiências. Hoje, plantamos uma mudinha para o desenvolvimento da agricultura e o fortalecimento do interior”, destacou o parlamentar, que ressaltou o apoio da Mesa Diretora e do presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani (PMDB). Picciani enviou uma mensagem em que destacou a importância do evento para a economia rural. “A Comissão de Agricultura tem tido um empenho muito grande em seu trabalho e espero que este congresso obtenha muito sucesso. É de fundamental importância este evento que objetiva melhorar a qualidade e o aumento da produção do homem do campo, desde a economia familiar, passando pelo biodiesel, à produção leiteira, e tudo que possa gerar renda e emprego no meio rural. O debate criado neste congresso é essencial porque, quanto mais informações você leva ao pequeno produtor, maior será a possibilidade de ele aumentar a sua renda”, destacou.

Deputado Rogério Cabral, Ex-Ministro Roberto Rodrigues e Prefeito Heródoto B. Mello

O vice-presidente da comissão, deputado Nelson Gonçalves (PMDB), também pontuou a relevância dos seminários que serão realizados durante o evento. “Estamos perdendo recursos e isto não pode acontecer. A partir deste momento, precisamos de união. É desta forma que as cooperativas, os produtores e população do interior vão poder mostrar suas demandas e sensibilizar as autoridades sobre a relevância desta atividade para todo o estado”, frisou o deputado.
O secretário de Estado de Agricultura, Christino Áureo, salientou, durante o evento, a liberação de uma verba de R$ 5 milhões para o setor. “Quase metade será para estradas vicinais e reformas de mercados, começando por Nova Friburgo, São José de Ubá e Paty do Alferes”, afirmou Áureo. O secretário agradeceu ainda o apoio da comissão. “Quando o Legislativo é forte, cobra e traz uma pauta repleta de demandas, como a comissão tem feito com sua atuação constante. Ela nos dá o reforço necessário para reivindicar as ações precisas para que tenhamos um estado, principalmente o interior, forte e bem estruturado”, afirmou. Áureo criticou ainda as pessoas que classificam um município como pobre apenas por conta de ele ter a economia baseada na agricultura. “Na verdade, esta afirmação é extremamente injusta. Ele é pobre porque foi esquecido e abandonado e, lá, talvez a única atividade heróica que tenha sobrevivido tenha sido a agrícola”, frisou o secretário, destacando que apenas com mobilização política será possível investir na agricultura e levar para o setor toda a estrutura necessária.
Após a abertura, o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues fez uma palestra sobre agronegócio e frisou que, entre os dez maiores problemas para a humanidade nos próximos 50 anos, estão a energia, a água, os alimentos, o meio ambiente e a pobreza – “todos têm a ver com a agricultura”. “O agronegócio é o mais importante do País e a presença brasileira no mercado mundial de produção de alimentos é de extrema importância, porque produzimos excedentes”, explicou. De acordo com Rodrigues, é necessária a aplicação de uma revolução da sustentabilidade agrícola com a produção de energias renováveis. Na ocasião, Rodrigues defendeu ainda a produção de cana-de-açúcar e destacou que o etanol reduz o aquecimento global e traz vantagens que podem ser consideradas como uma grande evolução. “As pessoas olham o mapa do Brasil e não têm noção do tamanho de nossas terras. Logisticamente, a Amazônia não seria o melhor local para se plantar, mas sim a região Sudeste, até porque é onde temos muitas refinarias”, analisou o ex-ministro, acrescentando que a demanda do mundo por alimentos e energias pode ser suprida pelo Brasil.Após o painel da manhã, a comissão abriu a I Feira do Produtor (Fepro), também na Queijaria Escola, onde diversos estandes de produtos, maquinários e insumos rurais estão sendo vendidos a preços especiais. Durante o evento, também estiveram presentes o deputado federal Fernando Lopes (PMDB-RJ); o deputado João Peixoto (PSDC); o prefeito de Nova Friburgo, Heródoto Bento Melo, e o superintendente do Ministério da Agricultura no Rio, Pedro Cabral.

Sexta Feira

Representante da Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE) do Ministério de Minas e Energia, Juarez Lopes afirmou que até o final de 2009 será realizado um leilão para a exploração de energia eólica no Brasil. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (17/04) durante o segundo dia do I Congresso Rio Eco Rural, na Queijaria Escola de Nova Friburgo. Segundo Lopes, esta será uma iniciativa importante para o setor. “Há uma tendência mundial na busca por energias renováveis e, no País, a maior preocupação é com a diminuição de gases poluentes e o aumento da geração de renda e emprego. Para se ter ideia, apenas uma fábrica para a geração de energia eólica demanda cerca de 1.200 fornecedores”, contou Lopes. A novidade animou o presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Políticas Agrária, Rural e Pesqueira da Assembleia Legislativa do Rio, deputado Rogério Cabral (PSB). “É muito bom saber que o Governo federal já tem planos para aumentar as energias renováveis. Esta é uma tendência que deve ser abraçada por todos”, afirmou o parlamentar, que também é adepto da energia renovável.“Há seis anos que não gasto energia elétrica para esquentar água em casa porque tenho energia solar. É o melhor que poderia ter feito. Depois que instalei em casa, todos os vizinhos copiaram”, contou o deputado. Para receber a energia eólica, Lopes destacou as áreas nacionais com maior potencial para a atividade. “O mais interessante é que, além de limpa, este tipo de energia poderia trazer desenvolvimento a uma das regiões mais pobres do Brasil, já que a produção seria melhor em boa parte do nordeste, indo do Piauí até Minas Gerais, passando pela Bahia. Para a manutenção desta atividade seria necessária a instalação de postos, que acabaria levando desenvolvimento aos locais”, sublinhou o assessor da Diretoria de Estudos Econômicos, Energéticos e Ambientais da EPE. Já o Estado do Rio, segundo Lopes, não é rico energeticamente, mas a Região dos Lagos teria potencial para a exploração. “Esta energia é uma fonte primária de maior ritmo de expansão no mundo nos últimos 12 anos, crescendo a uma taxa média de 28%. A potência instalada no mundo, de 121 GW, já ultrapassa a potência total somada nas energias no Brasil. A fonte é muito confiável, tem custo de investimento ainda relativamente elevado, mas um baixo valor operacional”, frisou.
Ainda de acordo com Lopes, outra tendência para o País é a energia de biomassa, que atende demandas diversas como combustível líquido, gás, calor e eletricidade”, enumerou.Pesquisador do Programa Rio Agroenergia da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento, Wander Eustáquio de Andrade apresentou as oportunidades de geração de biodiesel através das oleaginosas. Em parceria com a Pesagro, o programa tem implantado sete tipos de sementes na produção do estado. “Esta não é uma cultura típica do Rio, mas estamos introduzindo esta nova oportunidade, desde 2003, principalmente no Norte e Noroeste fluminenses, para os produtores”, destacou. Segundo ele, as sementes mais promissoras são o girassol e o amendoim. “Em um hectare de amendoim, com 1.800 quilos de grão, conseguimos retirar cerca de 50% em óleo, o que dá, aproximadamente, 900 quilos por hectare. No caso do girassol, seriam 800 quilos para cada hectare”, afirmou. De acordo com Andrade, as outras sementes trabalhadas pelo Rio Agroenergia são as de gergelim, nabo forrageiro, mamona, soja e pinhão manso. Para incentivar a plantação desta última semente no estado, o dono da empresa italiana Energhia Nuova, Paolo Franchetti, apresentou as propostas da companhia para possíveis parceiros no Brasil: “Aqui o clima é ideal e o plantio do pinhão manso ajudaria a complementar a renda dos produtores. Os testes com óleo desta planta já comprovaram ser de qualidade na produção do biodiesel, e, para os produtores que se interessarem no cultivo, a Energhia compromete-se a comprar a produção por, no mínimo, dez anos”, propôs Franchetti.Para que a energia de biomassa também possa ser incentivada através do bagaço da cana-de-açúcar, o membro da Associação Fluminense de Plantação de Cana, Eduardo Crespo, disse que os produtores precisam de incentivo e maquinários específicos. Segundo ele, o Estado do Rio tem a menor produção do produto no País, ao mesmo tempo em que tem a mais social distribuição de terras destas plantações. “Enquanto em São Paulo, por exemplo, a plantação de cana pertence em 90% aos usineiros e, aqui no Rio, somos 50%. Aqui, este cultivo não é uma questão apenas econômica, mas também social”, destacou. Crespo disse que um dos maiores problemas enfrentados pelos produtores é a falta de incentivo, que não deixa a produção crescer. “Ao contrário de todos os outros produtos, a cana não tem um preço mínimo. Em 1989, quando houve uma política de taxar o valor mínimo, nossa produção no Rio chegou a 9 milhões de toneladas por hectare. Hoje, nossa média é de quatro milhões”, disse o produtor. “Quando as pessoas perceberem que temos o álcool, o açúcar, e poderemos ter o biodiesel mais social do Brasil, talvez os investimentos sejam direcionados a nós”, finalizou Crespo.
Sábado
A recuperação das estradas vicinais para facilitar o escoamento da produção e viabilizar o desenvolvimento do turismo rural no Estado do Rio foi a demanda de maior urgência apresentada durante o I Congresso Rio Eco Rural, finalizado na tarde deste sábado (18/04), em Nova Friburgo, Região Serrana luminense. A avaliação foi feita pelo presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Políticas Agrária, Rural e Pesqueira da Assembleia Legislativa do Rio, deputado Rogério Cabral (PSB), que já decidiu qual será o próximo passo da comissão: “Levaremos todas as solicitações, críticas e sugestões apontadas durante o evento ao presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani (PMDB), ao governador do estado, Sérgio Cabral, e ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Apresentaremos, em especial, os requisitos relativos às estradas, que criam um entrave ao desenvolvimento econômico dos municípios e dificulta a vida dos produtores que precisam distribuir seus cultivos”, avisou o parlamentar, afirmando que todas as reivindicações estão sendo anotadas para a realização de um relatório.De acordo com a deputada Inês Pandeló (PT), que mediou as palestras de encerramento, ao lado do deputado Nilton Salomão (PMDB), o grande desafio atual é o do desenvolvimento sustentável, fato que torna necessário voltar o olhar das autoridades para o incentivo das atividades do campo. “Como presidente da Comissão Especial da Alerj para acompanhar a implantação do ICMS Verde no estado, considero este congresso essencial para alertar as autoridades sobre o quanto ainda podemos crescer no setor da agricultura. Ainda importamos muitos produtos e temos potencial para elevar nossas produções”, destacou. Salomão parabenizou o trabalho da Comissão de Agricultura e lembrou que, para os produtores, o evento foi fundamental para levar informações significativas a seus trabalhos. “Temos estudos, pesquisas e ações que são de interesse do homem do campo mas que, muitas vezes, não chegam ao conhecimento deles. Aqui a informação chegou em quem devia”, destacou o parlamentar. Segundo informações de Cabral, além de produtores, autoridades federais e estaduais, cerca de 20 prefeitos estiveram presentes no congresso.Após a realização de painéis que discutiram pecuária, agricultura familiar, energias renováveis, turismo rural e ecoturismo, o congresso fechou seus trabalhos debatendo o meio ambiente. As dificuldades de obtenção de licenciamento ambiental na aquicultura e na agricultura familiar em geral foram destacadas pelo presidente da Fundação Instituto de Pesca no Estado do Rio, Benito Igreja Junior. “Atualmente não existem critérios específicos de licenciamento para pequenos produtores, por exemplo, o que acaba dificultando a aquisição do documento e deixando muitos na ilegalidade”, frisou Igreja, destacando a necessidade das secretarias municipais definirem critérios que aumentem a possibilidade de licenciamentos. As queimadas nas lavouras também foram abordadas pelo tenente-coronel Wanius Amorin, do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio, que revelou que, desde 2004, o número de chamadas de bombeiros relativas a incêndios é uma das menores. Ainda em relação ao meio ambiente, o congresso contou com a presença de Alexandre Vianella, representante regional da Secretaria de Estado do Ambiente, que falou para os produtores sobre legislação para o uso dos recursos hídricos.
Também neste sábado foi encerrada a I Feira do Produtor Rural (Fepro), que funcionou durante os três dias de congresso, onde ficou aberta ao público, das 9h às 18h. Na feira, expositores de municípios próximos puderam mostrar produtos cultivados na região, artesanatos, bebidas e, através de material de divulgação, como folderes e panfletos, belezas naturais para a prática de turismo rural.
Comunicação Social - Alerj

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