quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

AUDIÊNCIA PÚBLICA - CEASA RIO

Uma área livre de 20 mil metros quadrados para o armazenamento de caixas, um heliponto, um batalhão de Polícia Militar e quadras polivalentes são algumas das inovações que a direção da Central de Abastecimento do Estado (Ceasa-RJ), em Irajá, Zona Norte do Rio, planeja para a área. A informação foi repassada à Comissão de Agricultura da Assembléia Legislativa do Rio pelo diretor de Operações da central, Paulo Barbosa, durante audiência pública realizada nesta quinta-feira (06/12), no Palácio Tiradentes. De acordo com ele, o Plano de Urbanização da Ceasa será apresentado ao governador Sérgio Cabral em janeiro de 2008. O presidente da comissão, deputado Rogério Cabral (PSB), sugeriu que o plano contemple ainda a abertura de um posto de atendimento médico no local. “Acho fundamental a construção deste espaço porque, além de resolver o problema da caixaria, vai promover o desenvolvimento da Ceasa, dar o espaço que o produtor rural precisa para a comercialização e beneficiar o consumidor, que receberá um produto com mais higiene e qualidade. Sabemos que aquela região vem sofrendo, ao longo dos anos, com inúmeros incêndios, corrupção, tráfico de drogas, prostituição de menores e condições de higiene extremamente precárias”, analisou o parlamentar.
O representante do Corpo de Bombeiros, coronel Edson Amaral, informou que a corporação atua na Ceasa com medidas de prevenção e treinamento para os lojistas no que diz respeito ao pânico em casos de incêndio. Segundo ele, o Pavilhão 21 segue sendo um exemplo de como toda a central deveria se comportar em relação à caixaria. “Estamos esperando uma determinação da Ceasa em relação à área relativa ao armazenamento das caixas, para que possamos fazer o mesmo dentro do local, controlando o cumprimento das nossas exigências”, declarou o coronel. De acordo com a direção da Ceasa, as caixas inutilizadas após a comercialização dos alimentos eram jogadas num rio próximo ou amontoadas num terreno baldio nos fundos da central. Barbosa comentou que a instituição está ordenando o local em parceria com a Acegri, empresa que administra a área operacional, através de medidas de limpeza e assentamento. O presidente da Acegri, Waldir de Lemos, afirmou que, desde que a associação assumiu há 10 anos, já investiu mais de R$ 20 milhões da taxa cobrada pelos lojistas na recuperação dos pavilhões e conseguiu ajeitá-los. "Mas fica muito difícil conter a áreas dos fundos onde a comunidade tenta reutilizar as caixas descartadas, se não existir um trabalho eficaz de gerenciamento do terreno", alertou.

O vice-presidente da comissão, deputado Nelson Gonçalves (PMDB), e o presidente acreditam que a padronização das caixas, convertidas em material plástico, deve ser uma medida tomada com urgência. “A Ceasa deve traçar um decreto que proíba a entrada de caixas fora do padrão e manter um mínimo de fiscalização. O Estado do Rio é conhecido por esta desorganização. Na Ceasa de SP e de BH, não se permite a entrada de caixas que fujam aos padrões determinados. Se estes estados protegem seus produtores, porque o produtor do Rio tem que passar por isto? Quem acaba prejudicado é o produtor e o comerciante honestos”, enfatizou Cabral. O deputado João Pedro (DEM) chamou atenção para a questão da segurança no local, o que atinge não só quem trabalha e utiliza a central, como a população das proximidades. O deputado Rogério Cabral anunciou que pretende realizar uma nova audiência para discutir assuntos relacionados à Ceasa em 2008.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Alerj

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